Autárquicas Odivelas 2021 - D. Quixote contra Moinhos


A existência de Movimentos de Cidadãos é uma esperança democrática. Numa altura em que as pessoas começam a por em causa a maneira como os políticos gerem a chamada Democracia Participativa, torna-se necessário limpar o nome da Democracia. 

As características associadas ao perfil actual dos políticos passa por falhas graves na transparência e nos valores morais. É demasiado frequente ver que os interesses pessoais, ou dos amigos, e as agendas partidárias se sobrepõem ao bem comum!

Os eleitores e os eleitos gerem-se por um principio comum: A politica existe para nos servir! infelizmente a diferença como uns e outros interpretam o pronome "nos" faz toda a diferença. 

Em 1976 a Constituição da República Portuguesa propunha uma Democracia Representativa - enquadrada na realidade portuguesa da altura e na baixa instrução da população - mas com o objectivo de evoluir para uma Democracia Participativa. Mais de quatro décadas depois e com a franca melhoria do nível de educação da população continuamos reféns dos partidos. 

Nunca em Odivelas um movimento de cidadãos conseguiu ir a votos numa eleição. Apesar de ter conseguido o apoio popular necessário o MOC (Movimento Odivelas no Coração) acabou por não conseguir ver o seu nome escrito nos boletins de voto!  

Para as autárquicas de 2021 apareceu agora o Movimento Odivelas Por Inteiro. Apresentando um "por inteiro" em oposição ao paradigma dos partidos, o projecto tem a sua génese no movimento associativo de moradores e pretende dar voz aos que não têm ainda voz. 

Não será tarefa fácil ver este, ou qualquer outro, movimento de cidadãos inscrito nos boletins de voto. Podem dizer-me que é impossível e que os que conseguem são aqueles que têm por trás as maquinas partidárias. Podem dizer-me que um movimento de cidadãos é uma perda de tempo perante o cenário estabelecido e cristalizado no concelho de Odivelas, mas eu não me conformo!  

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