E o fogo aqui tão perto...



Estavamos no início do serão de segunda-feira, 8 de Junho de 2015, quando um vizinho lança o alarme de anda fogo junto às casas. Vindo de Norte, a Parcela A está em chamas.



Quando lá cheguei deparei com um cenário assustador, uma grande porção de terreno com mato seco ardia a fogo solto lançando labaredas a mais de quatro metros de altura. Os bombeiros demoraram um quarto de hora a chegar, arvores e arbustos foram rapidamente consumidos e fagulhas voavam luminosas na noite escura.

Os bombeiros dominaram rápidamente a encosta sul do incêndio afastando as chamas das casas e de uma outra parcela de terreno que está já dentro do bairro encostada às habitações.



Com o fogo dominado os bombeiros, que entretanto tinham recebido reforços, colocam as viaturas de modo a dar combate ao resto do fogo, mais para poente a caminho do alto da serra. E é nesse momento que se ouve um ruido seco e mesmo no meio da parcela junto às casas um tufo de chamas se eleva varios metros acima do chão, os bombeiros percebem que em muito pouco tempo as chamas podem atingir os primeiros prédios.




Os moradores já estão, por esta altura , a usar as mangueiras para molhar a vegetação e apagar as fagulhas que tombam em farrapos sobre eles. O cheiro a fumo é insuportavel, algumas crianças acordam com falta de ar e assutadas. Os bombeiros tentam entrar na parcela, mas está vedada e trancada, quem vem por mal entra, mas quem precisa de entrar para apagar o fogo não consegue. Um vizinho toma a iniciativa e arranca dois postes com as próprias mãos mostarndo uma força aumentada pela urgência de combater as chamas antes que atinjam as casas.
Chega o carro dos BVC que se dirige ao local do incêndio e com perícia e coragem conseguem dominar as chamas. Estava o susto passado.


Como começou o fogo às 22:00? Como pegou fogo a segunda parcela depois dos bombeiros terem controlado o risco de acendimento? Como é possivel que esta parcela não tenha sido devidamente acondicionada para evitar incêndio?
Se o fogo tivesse sido iniciado na parcela B e os bombeiros demorassem os mesmos 15 minutos a chegar, com o vento forte e a temperatura alta que se fazia sentir naquela noite, a hsitória seria ainda mais assustadora. 



São coisas que acontecem, dizem-me. A parcela não está limpa e a cooperativa que era responsavel por ela faliu. Podem tentar justificar de muita maneira a não eliminação do risco que aquela parcela, no estado em que está , representa para quem vive no local, mas eu não me conformo!

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